Era apenas uma noite como outra qualquer, o céu estava
nublado e a lua estava cheia. Todos ao redor, inclusive seus pais, a admiravam
com os olhos cheios de brilho, ela era o Espírito da Raposa Demônio. E seu
nome? Kitsune. Sim, era um belo nome e combinava perfeitamente com aquela
pequena criatura. Porém ela não podia viver ali, os perigos eram incontáveis, seus
pais estavam cientes disto, os outros demônios guardavam um grande rancor deles
e fariam de tudo para tentar tirar a vida de sua filha. Além disso, uma grande guerra
ocorreria ali em alguns anos. Então uma decisão fora tomada, eles escolheram
mandar a criança para um orfanato em Tóquio — na sua forma humana —, assim que
a mesma atingisse os sete anos de idade. Eles não tinham ideia do que
aconteceria se a enviassem para lá, talvez os perigos pudessem ser maiores, mas
tinham que arriscar. Anos se passaram e finalmente a pequena raposa transformou-se
em sua forma humana. Ela era baixa, magra, pele fria e pálida como a noite,
curtos cabelos negros que batiam na altura de seus ombros e enormes profundos
olhos vermelhos. Vestia um encantador vestido preto e cinza com um sapatinho
preto reluzente. Não era considerada uma garota normal no mundo humano, porém
não tinha outra opção, essa era a sua forma. Logo chegou ao seu destino, na
expectativa de fazer alguns amigos para não sentir-se só, seus pais foram
embora dando-lhe um abraço apertado e um beijo em sua testa. Como ela se
sairia? Até então pensou que conseguiria se enturmar, porém não foi bem assim.
Ao entrar ela viu um pequeno grupo de crianças reunidas numa rodinha felizes a
brincar. Eram crianças inocentes e cheias de vida. Sentada numa cadeira perto
da pequena reunião havia uma mulher supervisionando as ingênuas crianças. Era
uma mulher jovem alta, com longos cabelos dourados presos, usava óculos enormes
e tinha um livro em mãos. Ao ver a garota entrar imediatamente foi recebê-la.
Para a surpresa de menina, a mulher não se espantou com a aparência da garota
e a puxou para conhecer as outras crianças, porém as mesmas se assustaram e
recuaram com medo. A mulher deixou com que a garota conhecesse o orfanato e tentasse
se entrosar com as crianças, mas ela não fez, Kitsune sentou-se no canto da
sala e preferiu ficar lá observando. Tudo o que podia fazer era observar. Se
tentasse se aproximar na certa seria rejeitada novamente. Observar e escutar...
— “Aquela garota é muito estranha, não? Melhor não chegarmos perto dela. Ela
tem olhos vermelhos e se veste de preto. Tá na cara que ela não é normal, além
disso, o jeito que nos olha é assustador! Ei, pssiiiu! Quer falar mais baixo?
Vai que ela escuta e resolve fazer algo horrível conosco?” — Esses eram os
comentários que a menina ouvira o dia inteiro desde a sua chegada. O que
deixava a garota depressiva e a fazia se isolar cada vez mais. A mulher do
orfanato percebia isso e constantemente reclamava com as crianças por elas estarem
sendo insensíveis com a garota sem antes conhece-la direito, mas não estava
dando certo. Cada dia que se passava as coisas só pioravam. Aos poucos as
crianças iam sendo adotadas, menos Kitsune, ela não queria mesmo... Já tinha
seus queridos pais que há essa hora estavam no meio de uma guerra lutando pela
floresta e pela própria sobrevivência, mas ela não deixava de sentir-se triste
por ter sido rejeitada sem ao menos ter tido uma chance.
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Ok, esse capítulo não ficou muito legal até porque eu não levo jeito para escrever, mas me esforcei, espero que tenham gostado nem que tenha sido só um pouco. O desenho também não ficou lá essas coisas masok... Bom, se você leu tudo deixe um comentário com sua crítica ou sugestão para que eu possa melhorar na escrita. Vou tentar fazer o próximo um pouco maior, e para eu não me atrapalhar vou postar um novo capítulo a cada sábado. Acho que é só isso. Até.
[[Eu ainda não tenho uma merda que preste pra colocar aqui... ;-;]]
OMG, CONTINUA.
ResponderExcluirO-O